
TRAUMATISMO MÚLTIPLO POR ARMA-DE-FOGO COM LESÃO DOS VASOS FEMORAIS
RUANO, R.M.; AMARAL, N.F.F.; 
  MOTA, F.L.; FERNANDES, M.A.Jr.; CARVALHO, J.B.V.
  Universidade de Alfenas – MG – Brasil (rafael_ruano@hotmail.com)
  INTRODUÇÃO: O traumatismo múltiplo por 
  arma-de-fogo vem apresentando aumento crescente de prevalescência nos 
  últimos anos. Há uma relação estreita da violência 
  urbana. Múltiplas estruturas vitais podem ser acometidas. Abordagem agressiva 
  e multidisciplinar no trauma é necessário para tratamento adequado 
  das lesões.
  RELATO DE CASO: Paciente EM, 21 anos, masculino, deu entrada 
  no Alzira Velano com múltiplos ferimentos de projéteis de FAF localizados: 
  3 ferimentos pérfuro-contusos de entrada na face palmar e um de saída 
  na face dorsal da mão E com intenso hematoma local; ferimento transfixante 
  no trígono femoral E com orifício de entrada na face medial da 
  coxa e de saída na região posteior e medial da coxa E, com hematoma 
  volumoso, também apresentava hemorragia externa com choque hipovolêmico 
  e ausência de pulsos palpáveis distalmente no MI E. Rx mão 
  E: múltiplas fraturas cominutivas de metacarpianos e fratura linear de 
  fêmur E não completa sem desvio. Dupplex scan: lesão da 
  parte média da a. femoral E transfixante e total. Foi submetido a tratamento 
  das fraturas cominutivas e retirada de 2 projéteis de arma de fogo da 
  mão E e acesso cirúrgico na bissetriz do trígono femoral 
  com abordagem do hematoma. Dissecados os cotos proximais e distais da a. femoral, 
  foi feito embolectmia da a. femoral com cateter de Fogarty e retirada parte 
  da v. safena magna e interposta o segmento término-terminal entre seus 
  cotos após desbridamento extenso da lesão arterial e ressecção 
  das partes com lesão intimal.
  RESULTADOS: O paciente evoluiu com síndrome de compartimento 
  no pós-operatório sendo necessário a fasciotomia descompressiva.
  DISCUSSÃO: As lesões vasculares arteriais conseqüentes 
  ao trauma relacionam-se com alta morbidade e prolongado tempo de hospitalização. 
  Arteriografia é necessária para avaliar a otimização 
  do tratamento. No presente caso, a dopplerfluxometria contínua associada 
  à clínica comprovou a perfusão adequada do membro após 
  o tratamento.