| Introdução: O trauma de tórax 
              é responsável diretamente por aproximadamente 25% 
              da mortalidade relacionada ao trauma de forma direta e outros 25% 
              da mortalidade podem ser decorrentes de complicações 
              torácicas. Algumas situações exigem toracotomia 
              de emergência e a escolha da via de abordagem pode definir 
              o resultado do tratamento. 
               Objetivo: Relatar caso de um paciente vítima de 
                trauma penetrante em região cervical (Zona I), que exigiu 
                toracotomia antero-lateral esquerda combinada com esternotomia 
                mediana com extensão supraclavicular. 
              Relato do Caso: Homem de 51 anos deu entrada no hospital 
                com história de ferimento de arma branca na região 
                supraclavicular esquerda, ocorridos há aproximadamente 
                30 minutos, FR = 28 ipm, enfisema subcutâneo no tórax 
                e região cervical, abolição do murmúrio 
                vesicular a esquerda, PA = 80x40 mmHg, FC: 128 bpm, RTS=4, mantendo-se 
                hipotenso, com resposta parcial à reposição 
                de volume. Apresentava sangramento abundante no ferimento de entrada. 
                Foi submetido à drenagem do tórax a esquerda. Devido 
                à piora dos parâmetros hemodinâmicos, foi indicado 
                toracotomia. Inicialmente antero-lateral, sendo necessário 
                a ampliação da incisão através de 
                toracotomia mediana e supraclavicular. Foi evidenciado lesões 
                parciais da carótida esquerda e da traquéia, que 
                foram reparadas. O Paciente evoluiu sem seqüelas, recebendo 
                alta em 6 dias. 
              Discussão: Nos pacientes que apresentam ferimentos 
                penetrantes da Zona I, que mantém hemodinâmica estável 
                podem ser tratados inicialmente de forma conservadora, incluindo 
                a investigação de lesões vasculares, vias 
                aéreas e esôfago. Entretanto, nos pacientes que mantém 
                instáveis devem ser abordados cirurgicamente.  
              Conclusão: Em casos de suspeita de lesões 
                de vasos da base, principalmente de artéria subclávia 
                e carótida esquerda proximal, a abordagem cirúrgica 
                pode exigir incisões combinadas para o tratamento adequado. 
               
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