Trabalho Científico - Hospital Universitário Alzira Velano.

PREVALÊNCIA DE DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA EM POPULAÇÃO ASSISTIDA POR PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Daniel Hirochi Sukeda; Rafael Mezzalira Ruano; Bruna Medeiros Moraes; Renan Vinicius Pinheiro; Antonio Carlos de Souza

INTRODUÇÃO: O papel do Índice Tornozelo-Braço como marcador de doença aterosclerótica e de mortalidade por doenças cardiovascular e cerebrovascular já está bem definido. O Índice Tornozelo-Braço é obtido de forma não invasiva e com baixo custo, o que o torna extremamente importante para definir ações de saúde.
OBJETIVO: Detectar a prevalência de doença arterial obstrutiva periférica em uma população assistida pelo Programa de Saúde da Família, bem como avaliar a possibilidade da utilização do ITB no planejamento de ações de promoção de saúde da população avaliada.
PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliados, por amostragem domiciliar, pacientes com idade superior a 40 anos, assistidos pelo Programa de Saúde da Família de Divisa Nova – MG. Foram inclusos todos pacientes sintomáticos e assintomáticos em relação a doença arterial obstrutiva periférica, obtendo-se o Índice Tornozelo-Braço e além da aplicação de um instrumento para avaliação de fatores de riscos associados a doença arterial obstrutiva periférica. Foi considerado como portador de doença arterial obstrutiva periférica a presença de Índice Tornozelo-Braço <0,9.
RESULTADOS: A população assistida pelo Programa de Saúde da Família é de 5926 pacientes, sendo que 1809 apresentavam idade superior a 40 anos. Foram avaliados 134, correspondendo a 7,4% desta população. Destes, 47 homens e 87 mulheres. A prevalência de Índice Tornozelo-Braço <0,9 foi de 22,3% na população geral, não havendo diferença na prevalência entre homens e mulheres.
DISCUSSÃO: O Índice Tornozelo-Braço apresenta boa reprodutibiliade, de baixo custo e é um marcador bem definido de doença aterosclerótica difusa, com alta taxa de mortalidade entre pacientes portadores de doença arterial obstrutiva periférica, definida com o Índice Tornozelo-Braço. Em um programa de assistência de saúde domiciliar a utilização deste marcador define um grupo de pacientes que devem ser abordados com profilaxia para eventos cardiovasculares.
CONCLUSÃO: A aferição do Índice Tornozelo-Braço como rotina em programas de assistência familiar domiciliar é um método extremamente útil e barato, como forma de selecionar um grupo de pacientes com maior risco de eventos cardiovasculares e, com isto, delinear ações de saúde voltadas para estes pacientes.