
ANÁLISE DAS BIÓPSIAS RENAIS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO
Disciplina 
  de Nefrologia
  Gustavo Veloso Lages, FM Vicente, SM Souza e Souza, YS Montino, DA Santos, LFP 
  Amoedo, AP Dias Neto, AFF Oliveira, RM Xavier e FR Lello Santos
Introdução: 
  É crescente o surgimento dos registros de glomerulopatias em diversos 
  países inclusive no Brasil, em resposta a necessidade de conhecimento 
  epidemiológico sobre esse grupo de doenças responsável 
  por número considerável de pacientes submetidos à TRS. 
  No Brasil, aproximadamente 20% dos pacientes apresentam diagnóstico de 
  glomerulonefrite à admissão para diálise. A indicação 
  da biópsia renal é praticamente a regra nas glomerulopatias, já 
  que o pleomorfismo de sintomas e sinais é grande, dificultando a correlação 
  anátomo-clínica. A biópsia renal é realizada com 
  o propósito de estabelecer um diagnóstico de certeza, avaliar 
  a gravidade da doença e seu prognóstico, além de auxiliar 
  na melhor conduta terapêutica.
  Material e métodos: No serviço de Nefrologia do Alzira Velano foram realizadas 
  24 biópsias renais entre janeiro e dezembro de 2006. Após história 
  clínica, exame físico e propedêutica laboratorial para coagulopatia 
  procedeu-se a biópsia. Posiciona-se o paciente em decúbito ventral 
  com coxim sob o abdômen. Os rins são visualizados a ultra-sonografia 
  e delimita-se o polo inferior renal esquerdo ao final da inspiração. 
  Com agulha manual de 16 gauge obtém-se dois fragmentos. O paciente é 
  mantido em observação de 6 a 8 horas com monitorização 
  de sinais vitais. 
  Resultados: A idade dos pacientes variou de 13 a 58 anos, com 
  média de 33,6 ± 12,7 anos; sendo 13 do sexo masculino e 11 do 
  feminino; 12 da raça branca, 6 negros e 6 pardos. Ocorreram 4 complicações, 
  sendo 3 hematúria macroscópica e 1 celulite.
  A principal indicação foi a síndrome nefrótica (tabela1). 
  Foram encontradas as seguintes lesões: LM , em 6 lâminas; GESF, 
  6; IgA, 3; LES, 3; GNMP, 1; GNM, 1; GNDA, 1; GNCrescêntica, 1; NIA, 1 
  e GNproliferativa mesangial, 1.
  Tabela1
S. nefrótica 14
  Doença sistêmica (LES) 3
  IRA 5
  Proteinúria não-nefrótica 4
  Doença renal crônica 1
Conclusão: O diagnóstico histológico foi possível na totalidade dos casos com número reduzido de complicações.